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Dados do IBGE indicam consumo per capita de carne suína de 19,52 kg em 2024

FREEPIK

No dia 18 de março, o IBGE divulgou os dados definitivos sobre o abate de suínos em 2024, revelando que a produção nacional praticamente repetiu os números de 2023. O crescimento foi tímido: apenas 1,2% em número de animais abatidos e 0,6% em toneladas de carcaças.

Produção por Estado: Queda nos Líderes, Alta em outras Regiões

Santa Catarina e Paraná, líderes na produção, registraram leve retração. Em contrapartida, estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Ceará apresentaram crescimentos superiores a 2% na produção de carne suína.

Queda no Consumo Interno após 10 Anos de Alta

Mesmo com produção estável, a disponibilidade interna caiu em 2024 — fato inédito na última década. Esse recuo se deve ao aumento das exportações. Ainda assim, o consumo per capita anual chegou a 19,52 kg por habitante, um salto de quase 35% desde 2015.

Exportações em Alta no início de 2025

O ano de 2025 começou com ritmo acelerado nas exportações. Só em janeiro e fevereiro, o volume embarcado cresceu 12,4% em relação ao mesmo período de 2024. Países como Filipinas, Japão e México vêm ganhando protagonismo, compensando a redução nas compras da China.

Preços Domésticos em Queda e Custos em Alta

Apesar do bom desempenho externo, o mercado interno sente os efeitos da oscilação nos preços. Após uma alta em fevereiro, as cotações do suíno vivo e da carcaça especial recuaram em março. Em Belo Horizonte, o preço do suíno vivo voltou aos mesmos níveis de janeiro.

Ao mesmo tempo, os custos de produção estão subindo, principalmente por causa do milho — cuja segunda safra ainda nem foi colhida. Apesar disso, a margem da atividade segue positiva, com preços de venda acima da média dos últimos anos.

Segundo Marcelo Lopes, presidente da ABCS, o setor enfrenta desafios: crédito restrito, oscilação de preços e aumento de custos. No entanto, possíveis mudanças no comércio global, como as tensões entre EUA e China, podem abrir novas portas para a carne suína brasileira — e também para os grãos, o que pode afetar os custos por aqui.

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