A General Mills, gigante do setor de alimentos e fabricante dos cereais Cheerios, revisou para baixo sua projeção de vendas para o ano fiscal de 2025. A empresa atribuiu essa revisão à desaceleração no mercado de snacks e ao aumento dos estoques no varejo.
Segundo comunicado da companhia, espera-se que as vendas orgânicas registrem uma queda de até 2% este ano. Essa nova previsão contrasta com a estimativa anterior, que apontava para um crescimento de até 1%. A projeção revisada não inclui possíveis impactos de tarifas futuras ainda não implementadas.
Queda nas Ações e Reflexo no Mercado
As ações da General Mills chegaram a cair 5,5% nas negociações pré-mercado nos Estados Unidos. No acumulado do ano, os papéis da empresa já registram uma desvalorização de aproximadamente 5%, desempenho semelhante ao do índice S&P 500. Outras grandes companhias do setor, como Nestlé e Kraft Heinz, também enfrentam desafios e quedas similares no mercado de ações.
Mudança no Comportamento do Consumidor
A crescente incerteza econômica tem levado os consumidores a reduzirem seus gastos, incluindo os destinados à alimentação. Fabricantes de alimentos processados, como a General Mills e a Kraft Heinz, têm buscado soluções para manter a competitividade, incluindo cortes de preços. No entanto, essa estratégia nem sempre se traduz em aumento de vendas.
O CEO da General Mills, Jeffrey Harmening, reconheceu os desafios enfrentados pela empresa. “Em retrospecto, este foi um ano desafiador”, afirmou. Ele destacou que, ao longo do ano fiscal de 2025, houve um “consumidor prolongado em busca de valor”, indicando um comportamento mais cauteloso e voltado para o custo-benefício.
Impacto no Varejo da América do Norte
A General Mills revelou que as vendas no varejo na América do Norte caíram 7% no último trimestre, um percentual superior ao declínio geral da receita da empresa, que foi de 5%. O Walmart e a Kroger, dois dos principais clientes da companhia, também sentiram os reflexos dessa retração.
Com o mercado de snacks apresentando sinais de desaceleração e os consumidores cada vez mais atentos aos preços, o setor de alimentos embalados enfrenta um período de ajustes e desafios para manter o crescimento e a rentabilidade.
