A Docile Alimentos, indústria de candies com sede em Lajeado (RS), anunciou um investimento de R$ 100 milhões para modernizar seu parque industrial e aumentar a capacidade produtiva. A iniciativa reforça a estratégia da marca de consolidar sua presença no mercado, com foco especial no Brasil.
Segundo Ricardo Heineck, presidente da empresa, os investimentos englobam a construção de novos prédios, a modernização de equipamentos para geração de vapor e a aquisição de novas máquinas para otimizar o processo produtivo. Um dos principais destaques é a chegada de uma linha de produção de última geração, importada da Alemanha, voltada para a fabricação de balas de goma e gelatina. “Essa linha trará ganhos expressivos em produtividade e qualidade, fatores essenciais para o nosso crescimento”, afirma Heineck.
Crescimento e reconhecimento global
A Docile Alimentos se mantém, pelo terceiro ano consecutivo, como a maior exportadora brasileira de guloseimas. Atualmente, 35% do faturamento da companhia vem das exportações. “Nosso foco é o mercado interno, mas a exportação é um pilar estratégico para a credibilidade e a expansão global da marca”, destaca o executivo.
O reconhecimento internacional da empresa foi reforçado nesta semana com sua entrada na lista das 100 maiores empresas do setor de doces no mundo. Para Heineck, essa conquista representa um marco significativo. “Estar entre as principais marcas globais fortalece nossa posição e agrega ainda mais valor ao nosso trabalho”, comemora.
Com uma equipe de 1,7 mil funcionários, a Docile concentra a maior parte de sua força de trabalho em Lajeado, além de contar com operações em Pernambuco e escritórios comerciais em São Paulo.
Nova estrutura de governança
A empresa está passando por uma reestruturação no modelo de gestão. Ricardo Heineck assumiu recentemente a presidência executiva, enquanto seus irmãos, Alexandre e Fernando, integram o conselho administrativo. “A experiência deles, com mais de 30 anos na indústria, é essencial para o sucesso da empresa. A nova estrutura nos dá segurança e complementariedade na tomada de decisões”, explica Heineck.
Desde 2010, a companhia adota um modelo de governança que inclui conselheiros externos, o que, segundo o presidente, tem sido fundamental para a construção de uma gestão sólida e colaborativa. “Executivos de fora trouxeram uma visão estratégica diferenciada e ajudaram a fortalecer nosso modelo de governança”, acrescenta.
Desafios e metas futuras
Um dos principais desafios da empresa é atrair e reter talentos em um cenário de escassez de mão de obra qualificada. “Investimos em tecnologia e infraestrutura, mas encontrar profissionais capacitados continua sendo um grande desafio”, aponta Heineck.
Essa adaptação foi inspirada na matéria original publicada pelo Grupo A Hora