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Breque Nacional: alcança até 100% de queda nos pedidos via app

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

No primeiro dia do Breque Nacional, uma paralisação organizada por entregadores em busca de melhores condições de trabalho e aumento na remuneração das corridas, restaurantes da cidade de São Paulo sentiram um forte impacto: muitos não registraram sequer um pedido via aplicativos de delivery, como o iFood, principal plataforma do setor. A informação é da coluna da UOL, que ouviu proprietários de estabelecimentos e representantes do setor de alimentação.

A reportagem conversou com três empresários associados à Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). Apesar de a entidade ainda estar levantando dados sobre a abrangência da greve, relatos apontam para uma queda de 80% a 100% nas vendas via delivery nesta segunda-feira (31).

“Não sei nem como descrever. O que aconteceu foi inédito”, afirmou João Marcos Previattelli, proprietário do restaurante Haya Falafel, no bairro de Pinheiros. Segundo ele, a média diária de vendas pelo iFood é de 80 pedidos — número que caiu a zero durante a paralisação.

Mauricio Nishimori, dono do Guinza Sushi, nos Jardins, contou que, normalmente, os pedidos começam a chegar às 11h30. Mas, nesse dia, os aplicativos não estavam disponíveis. “Não consegui vender um delivery hoje pelas plataformas”, lamentou.

Pedro Facchini, proprietário da hamburgueria Sliders, afirmou que o movimento foi “nulo” e que contou apenas com o atendimento presencial. De acordo com ele, o iFood manteve a loja fechada durante o horário de almoço, o que comprometeu o funcionamento de restaurantes que dependem exclusivamente de entregadores por aplicativo.

Segundo Edgar da Silva, presidente da Associação dos Motofretistas de Aplicativos do Brasil (AMABR), ao menos 5 mil entregadores participaram do protesto na capital paulista. O grupo partiu do estádio do Pacaembu, passou pela Avenida Paulista e seguiu até a sede do iFood, em Osasco, na Grande São Paulo.

A paralisação levanta quatro reivindicações principais:

  • Definição de uma taxa mínima de R$ 10 por corrida;
  • Aumento da remuneração por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50;
  • Limitação da atuação das bicicletas a um raio de três quilômetros;
  • Pagamento integral por cada entrega, mesmo quando agrupadas em uma mesma rota.

Em nota, o iFood afirmou estar acompanhando os protestos e declarou que cerca de 60% dos pedidos são atualmente entregues pelos próprios restaurantes. A empresa também reiterou seu respeito às manifestações pacíficas.

Essa adaptação foi inspirada na matéria original publicada pela UOL Economia

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