A Mágio, biotech brasileira dedicada à produção de chocolates nativos da Amazônia, anunciou nesta terça-feira (17) um novo aporte de R$ 8 milhões da CBKK, venture builder especializada em tecnologias emergentes com impacto socioambiental.
Desse valor, mais de R$ 2 milhões já foram aplicados na inauguração da primeira loja física e da nova unidade fabril da marca, localizadas na cidade de São Paulo. O espaço foi aberto ao público no início de junho e marca um novo momento na estratégia de expansão da Mágio.
Os recursos restantes – cerca de R$ 6 milhões – serão direcionados à abertura de novas lojas, ampliação da linha de produtos, contratação de talentos e fortalecimento da operação comercial.
Rastreabilidade e inovação com foco na floresta
Lançada oficialmente em junho deste ano como uma marca da Chocolates De Mendes, a Mágio nasce com forte ênfase em transparência e tecnologia. Toda a cadeia de produção do cacau e cupuaçu utilizados nos produtos é rastreada por blockchain, permitindo a identificação precisa de cada etapa da cadeia, desde a origem até o produto final.
“A tecnologia garante que sabemos exatamente onde e quando cada processo foi realizado. É uma forma de reforçar nosso compromisso com a sustentabilidade e com os produtores da floresta”, explica Marcelo Tucci, CEO da CBKK e atual responsável pela Mágio.
Raízes amazônicas, ambição nacional
Embora a empresa já contasse com uma fábrica em Santa Bárbara do Pará (PA), a decisão de construir uma nova planta em São Paulo responde a uma demanda logística. “Manter a finalização do processo perto do principal mercado consumidor facilita a operação e nos dá mais agilidade para testar inovações”, comenta Tucci.
A fábrica paulista também funciona como um laboratório criativo, com alto grau de customização na produção, abrindo espaço para testes e novos formatos.
Legado e continuidade
César De Mendes, fundador da Chocolates De Mendes, permanece como sócio da Mágio. Desde o final de 2023, ele se dedica a projetos de inovação e capacitação de produtores amazônicos, mantendo seu papel de mentor e liderança na construção de um modelo de negócios que valoriza o conhecimento tradicional e o desenvolvimento sustentável da região.
Fonte: PEGN