O setor de foodservice alcançou um marco histórico: o maior salário médio já registrado, atingindo R$ 2.170. Esse valor, que representa um crescimento de 5,8% nos últimos 12 meses, foi divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e se refere à categoria de Alojamento e Alimentação. Dentro dessa categoria, bares e restaurantes são responsáveis por 85% dos empregos formais.
Segundo Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o aumento da remuneração reflete a busca por mão de obra em um cenário de escassez. “Hoje está difícil encontrar mão de obra disponível. Por isso, o aumento na remuneração é uma das formas de atrair trabalhadores”, explica.
Crescimento no emprego formal e informal
Em novembro de 2024, bares e restaurantes registraram a criação de 13.787 postos de trabalho com carteira assinada, uma alta de 11,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Incluindo os trabalhadores informais, o setor empregou mais de 70 mil pessoas no período, totalizando quase 5 milhões de empregados em todo o Brasil.
“O aumento histórico nos salários e a significativa geração de empregos mostram que nosso setor segue como um pilar essencial da economia brasileira. Contratamos em dezembro para atender à alta demanda esperada e, em cidades turísticas, muitos desses trabalhadores devem permanecer contratados durante o verão, quando a procura se intensifica”, destaca Solmucci.
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Perspectivas positivas no Foodservice 2025
O otimismo também marca o início de 2025. Pesquisa realizada pela Abrasel aponta que 73% dos empresários do setor esperam aumento nas vendas no primeiro trimestre, em comparação ao mesmo período de 2024.
Entretanto, os desafios permanecem. No último ano, 32% das empresas afirmaram não ter reajustado os preços de seus cardápios. Para 60%, os aumentos aplicados ficaram abaixo ou no mesmo nível da inflação, e apenas 9% conseguiram reajustar acima dela. Os altos custos com insumos e energia continuam pressionando as margens de lucro do setor, que precisa equilibrar crescimento e sustentabilidade financeira.
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