Nos próximos anos, não serão os gigantes da indústria alimentícia que ditarão as regras do jogo. O protagonismo vai para quem tem coragem de fazer diferente. Para os que mostram, sem medo, como seus produtos são feitos, do ingrediente ao impacto ambiental. Se você está dando os primeiros passos nesse setor, estas cinco tendências são o retrato do que vem por aí — e uma chance de sair na frente.
1. Transparência é o novo básico
Já passou o tempo em que rótulos “bonitos” bastavam. As novas gerações de consumidores querem saber exatamente o que estão comendo — e por quê. Não aceitam mais ingredientes misteriosos nem explicações genéricas. Eles pesquisam, comparam e valorizam marcas que abrem o jogo.
Empresas mais conectadas com esse movimento já estão adotando QR Codes nas embalagens, levando o consumidor direto para a origem dos ingredientes, testes de qualidade e processos de produção. É a transparência radical ganhando espaço.
Dica para quem está começando: Não espere ser grande para mostrar os bastidores. Compartilhe como e onde seu produto é feito. Isso cria confiança desde o início.
2. Alimentos realmente limpos
A pressão por ingredientes mais seguros e naturais já não vem só dos consumidores. Reguladores em vários países começaram a banir aditivos químicos e corantes perigosos. A Califórnia, por exemplo, já proibiu substâncias que ainda são comuns em muitos produtos no Brasil.
Isso significa que, em breve, oferecer alimentos limpos será uma obrigação — não um diferencial. E as marcas menores têm uma vantagem: conseguem se adaptar mais rápido.
Dica: Esteja atento às listas de ingredientes proibidos ou questionados lá fora. Incorporar esses padrões desde cedo aumenta sua credibilidade e abre portas para novos mercados.
3. A nova vitrine: hortifrúti
Supermercado também é estratégia. A seção de hortifrúti costuma ser a primeira parada dos clientes — e é onde nascem muitas descobertas. Ter um produto posicionado ali, especialmente em espaços refrigerados, transmite frescor e qualidade.
A lógica é simples: se está na geladeira, precisa parecer que merece estar ali. As grandes marcas já entenderam isso. Agora é a vez das novas marcas aproveitarem esse território.
Dica: Pense desde já em como você quer que seu produto apareça. A embalagem, o prazo de validade e a exposição nas gôndolas contam uma história sobre ele.
4. Certificações que fazem sentido
Selos como “orgânico” ou “sem glúten” ainda têm peso, mas os consumidores estão mais críticos. Querem saber quem está certificando e o que aquele selo realmente significa. E estão surgindo novas certificações que avaliam não só os ingredientes, mas o grau de processamento e o impacto real do alimento na saúde.
Dica: Escolha certificações que conversem com o seu público e que possam ser explicadas de forma clara. E use seus canais de comunicação para mostrar por que aquele selo importa.
5. Produtos que contam histórias
Mais do que sabor, as pessoas compram propósito. Em um mercado cheio de opções, ganha quem mostra por que existe. Alimentos com alma, com história, com missão, geram conexão.
Para quem está começando, isso é uma enorme vantagem. Mostrar quem está por trás da marca — e por que aquele produto foi criado — é uma forma poderosa de se diferenciar.
Dica: Trate sua marca como um documentário. Conte a sua jornada, suas escolhas e o que você acredita. Isso é o que realmente toca o consumidor.
Coragem para transformar
O setor de alimentos está mudando rápido. As exigências aumentam, o consumidor está mais atento e as oportunidades estão nas mãos de quem tem ousadia.
Fonte: Forbes