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Donos e chefs de restaurantes de Curitiba fazem apelo para não quebrarem

Desde a noite de quarta (18), uma enxurrada de vídeos de donos de bares e restaurantes de Curitiba e também chefs de cozinha estão sendo publicados nas redes sociais com um forte apelo: o coronavírus pode ser fatal para o setor de alimentação fora do lar.

Muitos deles já decidiram por conta própria encerrar as atividades para não expor funcionários e clientes risco de contágio do coronavírus. Mas, juntos nesta mobilização pública esperam sensibilizar os órgãos públicos para os problemas que estão enfrentando.

“A gente não sabe o que fazer, se eu fechar, eu vou quebrar. Então tem que manter aberto, mas não dá movimento. E tem a questão ainda de, se estivermos de portas abertas, estaremos incentivando as pessoas a saírem de casa”, apontou o empresário Beto Madalosso.

Desde a noite de quarta (18), uma enxurrada de vídeos de donos de bares e restaurantes de Curitiba e também chefs de cozinha estão sendo publicados nas redes sociais com um forte apelo: o coronavírus pode ser fatal para o setor de alimentação fora do lar.

Muitos deles já decidiram por conta própria encerrar as atividades para não expor funcionários e clientes risco de contágio do coronavírus. Mas, juntos nesta mobilização pública esperam sensibilizar os órgãos públicos para os problemas que estão enfrentando.

“A gente não sabe o que fazer, se eu fechar, eu vou quebrar. Então tem que manter aberto, mas não dá movimento. E tem a questão ainda de, se estivermos de portas abertas, estaremos incentivando as pessoas a saírem de casa”, apontou o empresário Beto Madalosso.

“O fechamento sem uma data prevista para a volta representa para muitos a morte de seus negócios, ou seja, desemprego”, declarou Beto em vídeo publicado em seu perfil de Instagram. Beto tem dois restaurantes, o Madá Pizza e Vinho e o Forneria Copacabana, ambos fechados a partir de domingo (22), assim como todos os 13 restaurantes do grupo Família Madalosso, que emprega diretamente 800 pessoas.

As medidas tomadas até agora são muito tímidas, arrolamento de dívidas, de impostos. São medidas que neste momento não suprem a nossa necessidade”, observou Pedro Correia, do Ginger Bar.

“Estamos desesperados. Sabemos que o prejuízo será enorme, praticamente todo o ano está perdido“, relatou Sérgio Ricardo Wahrhaftig, sócio do restaurante Bobardí. “A ideia de estancar imposto por três meses é um tanto quanto ridícula. Nós não teremos faturamento. Temos imposto para pagar amanhã e temos que escolher se a gente paga o imposto ou os funcionários“, disse Flávio Frenkel, do Anis Gastronomia e responsável pelo Café do MON.

No restaurante Vindouro, o faturamento caiu 70% em dois dias. “Não temos respostas do governo se fechamos, se não fechamos, como vamos pagar salários, impostos, fornecedores”, declarou Silvana Fetter, proprietária do Vindouro.

Reivindicações protocoladas

O movimento nas redes veio no mesmo dia em que a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Paraná (Abrasel – PR) encaminhou ao governo do estado uma série de reivindicações para evitar falências e demissões.

A petição foi protocolada na manhã desta quinta (19) e pede medidas como isenção de impostos obrigatórios e da cobrança de contas de água e luz, além da flexibilização da legislação trabalhista durante o período de crise.

Com informações do jornal Gazeta do Povo
Foto: reprodução