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Starbucks reduz preços na China em movimento estratégico

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A Starbucks anunciou que irá reduzir os preços de diversas bebidas em suas lojas na China, seu maior mercado fora dos Estados Unidos. A medida, que passa a valer nesta terça-feira, 10 de junho, visa impulsionar as vendas no país asiático, que têm apresentado sinais de enfraquecimento nos últimos trimestres.

Segundo comunicado publicado na plataforma chinesa Weixin, a gigante do café cortará em média 5 yuans (aproximadamente US$ 0,70) do preço de bebidas sem café — como frappuccinos, chás gelados e chai lattes. O foco da iniciativa é atrair consumidores durante o período da tarde, tradicionalmente menos movimentado nas unidades chinesas da rede.

Concorrência acirrada e contexto econômico desafiador

Apesar de contar com mais de 7.700 lojas e registrar uma receita de US$ 740 milhões no último trimestre, a Starbucks tem enfrentado forte concorrência de marcas locais, como a Luckin Coffee, que se destaca por preços agressivos e uma estratégia digital robusta. Além disso, o ambiente econômico mais frágil na China tem contribuído para a desaceleração do consumo.

Os dados do ano fiscal de 2024 mostram uma queda de 8% nas vendas em mesmas lojas no país, seguida por um recuo adicional de 6% no primeiro trimestre de 2025. Ainda assim, o desempenho no trimestre encerrado em março trouxe alívio: as vendas se estabilizaram, sinalizando uma possível retomada.

Compromisso com o mercado chinês

Durante a divulgação dos resultados financeiros, o CEO da Starbucks, Laxman Narasimhan, reforçou o compromisso de longo prazo da empresa com o mercado chinês. “Embora vejamos sinais de progresso, quero deixar claro que continuamos comprometidos com a China no longo prazo. Vemos um grande potencial para nosso negócio lá nos próximos anos e estamos abertos a diferentes caminhos para alcançar esse crescimento”, afirmou.

A movimentação estratégica da Starbucks na China oferece um retrato claro das transformações em curso no setor de foodservice global: empresas internacionais precisam se adaptar rapidamente a contextos econômicos e culturais em constante mudança, muitas vezes revendo seus modelos de precificação, portfólio de produtos e estratégias de engajamento.


Fonte: Mercado&Consumo

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