O Grupo BDC, conhecido por sua atuação nos setores de educação e beleza, acaba de oficializar sua entrada no foodservice com o lançamento da Fizzoli Sorvetes. A nova marca passa a integrar o portfólio da holding que já detém as redes Yes! Idiomas, Follow ME Idiomas e Cor & Unha.
A decisão reforça o movimento de diversificação da empresa, que aposta no segmento de alimentação – um dos mais aquecidos no franchising nacional. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o nicho de Alimentação – Comércio e Distribuição registrou crescimento de 14,7% em 2024, ficando entre os quatro setores com maior avanço no período. No mesmo ano, o consumo de sorvetes também cresceu 8,5%, conforme a Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis (Abrasorvete).
Com investimento inicial superior a R$ 2 milhões, a Fizzoli foi criada com a proposta de oferecer sorvetes de massa e picolés a preços acessíveis, com opções a partir de R$ 2,99. Atualmente, a marca já conta com duas unidades próprias no Rio de Janeiro, onde será concentrada toda a operação inicial. A meta é finalizar 2025 com 10 lojas, sendo sete franquias, e alcançar 100 pontos até o final de 2027.
O modelo de negócio prevê investimentos a partir de R$ 130 mil para lojas a partir de 30 m² e prazo de retorno estimado entre 18 e 24 meses. A estratégia de expansão prioriza multifranqueados – atualmente, metade dos franqueados do grupo opera mais de uma unidade.
Segundo Clodoaldo Nascimento, presidente do Grupo BDC e fundador da Fizzoli Sorvetes, a decisão de entrar no foodservice foi baseada em estudos de mercado semelhantes aos que embasaram aquisições anteriores. “Notamos uma oportunidade nas sorveterias: trata-se de um negócio de fácil operação e baixo investimento”, afirma.
Em 2024, o grupo faturou R$ 120 milhões, com expectativa de crescimento entre 10% e 15% em 2025. A Fizzoli deve representar cerca de 5% desse faturamento neste primeiro ano de operação.
Vale lembrar que esta não foi a primeira tentativa do grupo no setor. Em 2024, a BDC chegou a anunciar a aquisição da marca Sorvete Brasil, mas o negócio foi interrompido por divergências estratégicas.
A aposta em um modelo escalável, com foco em franquias e produtos de giro rápido, alinha-se com a estratégia do grupo de explorar setores promissores com potencial de capilaridade nacional.
Fonte: PEGN