O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou nesta semana os efeitos positivos de políticas econômicas adotadas pelo governo federal para conter a inflação dos alimentos. Durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, Fávaro afirmou que medidas “ortodoxas e cautelosas” implementadas em março — como a redução de alíquotas de importação — contribuíram significativamente para o recente recuo nos preços de itens da cesta básica.
O recuo foi confirmado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de maio, divulgado nesta terça-feira (27). O índice registrou variação de 0,36%, a menor para o mês nos últimos cinco anos. Essa desaceleração foi atribuída, entre outros fatores, à redução nos preços de alimentos como arroz (queda de 4%), frutas (2%), tomate (7%), feijão-preto (7%) e ovos de galinha (2%).
Segundo o ministro, a estratégia de zerar alíquotas de importação também impulsionou as compras externas de produtos como café torrado (alta de 4% nas importações), massas alimentícias (25%) e carne bovina (121%). O aumento na oferta internacional refletiu na queda de preços ao consumidor de itens como sardinha (-13%), azeite (-34%), café (-23%) e bolachas (-14%).
Fávaro ressaltou que as medidas foram tomadas de forma responsável e sem interferências no mercado, como restrições à exportação ou aumento de tributos. “São ações estruturais que resultaram no menor IPCA-15 dos últimos cinco anos, sem qualquer tipo de intervencionismo”, afirmou.
Outro fator que deve contribuir para o equilíbrio dos preços, segundo o ministro, é a safra recorde de grãos em 2025. Apesar de adversidades climáticas em estados como Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Bahia e Sergipe, o restante do país contou com boas condições de produção. Com crédito facilitado e clima favorável, o Brasil colheu a maior safra da sua história.
“Combater a inflação de alimentos é possível com oferta abundante e ações estruturadas. O governo agiu com simplicidade, responsabilidade e sem pirotecnia”, concluiu Fávaro.
Fonte: Folha de São Paulo