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Tastify: a gigante das dark kitchens brasileiras

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A empresa que nasceu como ATW Delivery Brands, e se consolidou como referência nacional no setor de dark kitchens, acaba de dar um passo ousado: além de mudar de nome para Tastify, a companhia anuncia a expansão do seu modelo de negócios, agora incluindo atendimento presencial em algumas unidades.

Fundada no Espírito Santo em 2017, a Tastify reúne hoje 15 marcas gastronômicas em seu portfólio, que vão da culinária caipira à japonesa, passando por italiana e salgadinhos. O modelo de operação é baseado em cozinhas compartilhadas, sem atendimento ao público e com foco exclusivo no delivery – um formato que se popularizou durante a pandemia de Covid-19. Com a demanda por entregas em alta mesmo após a reabertura dos restaurantes, a empresa seguiu crescendo e mira agora 200 operações ativas nos próximos anos.

De acordo com Victor Abreu, CEO da Tastify, a estratégia atual é operar todas as marcas simultaneamente em cada unidade. “Começamos essa transição no meio do ano passado e já temos 35 unidades funcionando nesse modelo full”, explica. A expectativa para 2025 é atingir um faturamento de R$ 220 milhões, após um crescimento de 80% entre janeiro e dezembro de 2024.

Esse ritmo de crescimento tem sido impulsionado também por aquisições estratégicas, como a do Brasileirinho Delivery e do Zé Coxinha, em outubro de 2024. O investimento, que contou com um aporte de R$ 10 milhões da Apex Partners, também incluiu a fábrica de salgados, o que, segundo Abreu, aumentou a eficiência das operações. “Estamos produzindo mais e entregando produtos prontos aos franqueados, o que agiliza todo o processo”, destaca. Atualmente, a empresa conta com quase mil restaurantes digitais, operando a partir de 180 cozinhas físicas – cada uma, em média, com cinco marcas ativas.

A diversificação do cardápio e a operação multimarcas têm sido, segundo o CEO, diferenciais importantes para manter a competitividade no mercado pós-pandemia. “Empresas que atuam com menos marcas têm enfrentado dificuldades”, comenta. Esse cenário é confirmado por Paulo Solmucci Júnior, presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), que aponta uma “redução natural” no número de dark kitchens com a volta do público aos salões. “Elas não substituem a experiência presencial que os consumidores ainda valorizam bastante”, diz.

E é justamente por isso que a Tastify começa a fazer o caminho contrário ao das cozinhas fantasmas: planeja abrir franquias com atendimento presencial, especialmente após a aquisição da rede Zé Coxinha. A proposta é oferecer uma experiência mais completa ao cliente e, ao mesmo tempo, aumentar o tíquete médio, que nas dark kitchens tende a ser menor por conta da busca por praticidade e economia. Nas marcas da holding, o valor por refeição varia entre R$ 50 e R$ 80, dependendo da região e da culinária.

Apesar da retomada dos salões, o modelo de dark kitchen continua atrativo. Segundo a Abrasel, o investimento inicial em unidades menores varia de R$ 30 mil a R$ 100 mil. Já as operações maiores, com estrutura industrial e múltiplas marcas, podem exigir até R$ 800 mil de aporte. No caso da Tastify, a primeira unidade nasceu com investimento de R$ 400 mil. Hoje, para se tornar franqueado e operar todas as marcas da holding, o valor de entrada é de R$ 299 mil – até que as novas unidades com salão entrem de vez no cardápio da empresa.

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