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Crescimento de consumo de peixes nos lares brasileiros

De acordo com a Forbes Agro, a piscicultura brasileira continua avançando a passos largos, consolidando-se como uma atividade estratégica dentro do agronegócio nacional. Em 2024, a produção de peixes de cultivo registrou um crescimento impressionante de 9,21%, totalizando 968.745 toneladas. Esse aumento marca o maior crescimento percentual dos últimos dez anos, evidenciando a resiliência do setor frente a desafios como oscilações de preços e incertezas no mercado.

Segundo Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), “Definitivamente, o brasileiro aprendeu a apreciar nossos peixes. A tilápia já é presença semanal na mesa de muitas famílias.” Medeiros também destacou o levantamento anual da produção de peixes de cultivo no país, realizado pela entidade, que segue monitorando o avanço do setor.

Perspectivas para 2025

As projeções para 2025 são otimistas. O consumo interno de peixes de cultivo segue em ascensão, impulsionado pela crescente percepção de que esses produtos são opções saudáveis e sustentáveis. Além disso, a expansão dos mercados internacionais abre novas portas para os produtores brasileiros. Medeiros destaca que o fortalecimento da base produtiva e a exploração de novos mercados são essenciais para o futuro promissor da piscicultura.

Tilápia: Líder na Produção e Exportação

A tilápia continua sendo o carro-chefe da piscicultura nacional, representando 68,36% da produção total de peixes de cultivo no Brasil. Em 2024, foram produzidas 662.230 toneladas da espécie, um aumento de 14,36% em comparação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, que superaram a média nacional.

No mercado externo, as exportações de tilápia também registraram um crescimento notável. O volume exportado dobrou, alcançando 12.463 toneladas, com uma receita de US$ 55,65 milhões — um aumento de 138%. Os Estados Unidos foram o principal destino, representando 94% das vendas. O Brasil se consolidou como o segundo maior exportador de filé fresco de tilápia para os EUA, ultrapassando Honduras e Costa Rica. As expectativas são de que o Brasil se torne líder nesse mercado nos próximos anos.

Desafios e Oportunidades

Apesar dos avanços, o setor enfrenta desafios, como a concorrência com a importação de tilápia do Vietnã, que gerou apreensão entre os produtores brasileiros no início de 2024. Após intensas negociações entre a Peixe BR e o Ministério da Agricultura e Pecuária, a importação foi suspensa. Outro obstáculo é a burocracia no licenciamento da atividade aquícola, um problema que pode ser amenizado com a aprovação do Projeto de Lei 4.470/2024, atualmente em tramitação no Senado.

Peixes Nativos e a Expansão no Mercado Internacional

Embora a produção de peixes nativos como tambaqui, curimatá e pacu tenha apresentado uma queda de 1,81% em 2024, as exportações de curimatá e pacu tiveram desempenhos impressionantes. As exportações de curimatá cresceram 437%, movimentando US$ 1,25 milhão, enquanto o pacu teve um aumento de 5.570% nas exportações, atingindo US$ 757 mil. Medeiros acredita que há um mercado crescente para os peixes nativos, mas que é necessário fortalecer a cadeia produtiva para atender à demanda externa.

Destaque para o Paraná: O Maior Produtor Nacional

O Paraná se destacou mais uma vez como o maior produtor nacional de peixes de cultivo, com 250.315 toneladas, representando um crescimento de 17,35% em relação a 2023. O modelo cooperativista e os investimentos em tecnologia desempenharam um papel crucial nesse desempenho. Outros estados, como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Maranhão, também apresentaram avanços notáveis na produção de peixes.

Para mais informações, acesse a matéria completa da Forbes Agro aqui.

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