O setor de alimentação fora do lar no Brasil só deve começar a se recuperar a partir de outubro, com mais consistência no início de 2021. É o que afirmam especialistas e gestores do mercado de foodservice sobre as consequências econômicas da pandemia do novo coronavírus no país.
A retomada do movimento nos bares e restaurantes e, consequentemente, de toda a cadeia produtiva do setor, será lenta, já refletindo o que acontece nos mercados onde a epidemia está sob controle. E isso inclui novos procedimentos na cozinha e no serviço, um perfil mais exigente de clientes e custos maiores – mas de olho na otimização.
Ely Mizrahi, presidente do Instituto Foodservice Brasil (IFB), analisa que os próximos seis meses serão um grande desafio pela sobrevivência dos negócios, com uma receita marginal basicamente das vendas de delivery e balcão. Para ele, só a partir de outubro é que o mercado começará a se recuperar.
“A afirmação de Mizrahi é semelhante ao apontado por um levantamento elaborado na última semana pelo consultor e colunista do Bom Gourmet Negócios, Sérgio Molinari. A pesquisa apontou que 69% dos consumidores estão dispostos a voltar aos restaurantes daqui a pelo menos dois meses, mas com uma frequência menor do que antes.
E ainda assim não será um consumo como o visto até o início de 2020, antes da pandemia chegar ao Brasil. Para ele, muitos negócios não terão fôlego suficiente para resistir à crise e não vão reabrir as portas quando os clientes voltarem efetivamente às ruas.
Informações do jornal Gazeta do Povo
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