Esse não é um artigo sobre números, embora o mercado de Foodservice seja um dos que mais cresce no País e, em 2020, tenhamos sofrido uma queda no desempenho de -45,4% até outubro e ainda que o desemprego tenha somado 14,2 milhões de brasileiros que deixaram a força de trabalho. Não, esse artigo não é sobre dados do setor, muito embora as projeções apontem para uma recuperação que deve durar dois anos no mínimo, numa visão otimista.
Não, esse artigo é sobre o desempenho do setor de Foodservice, mas além dos números.
É para falar sobre o imenso orgulho de trabalhar em um mercado tão importante e que contribui tanto para a economia desse País.
De um setor que, mais do nunca, se mostrou unido, resiliente e persistente apesar de todas as imposições, de todas as regras, decretos, leis e restrições; apesar de todos os impostos, do ICMS, de todas as STs, do PIS, do COFINS e do CSLL, do ITR, do IPTU, do IPI e do ISS; da lei do canudo, do copo, do garfo, do plástico, do papel, da restrição do álcool, das horas, do trabalho intermitente, do impositivo e intransitivo, do não julgado, do não esclarecido, da reforma e do não reformado.
Essa cadeia de valor que não desiste, mesmo perdendo no jogo contra a pandemia, o governo, os bancos, e o tempo, que é perecível e incide.
Esse artigo é sobretudo para homenagear e agradecer a você, que corta a cana, que colhe o milho, que tem calo nas mãos de roçar a terra; para agradecer o operador da máquina, o chapeiro, a cozinheira e a cada queimadura no braço dela; para a mãe e o pai de família que todo santo dia estão vendendo seu ganha pão; para agradecer ao distribuidor e ao caminhoneiro que atravessam o País inteiro levando nossa alimentação, e ao empresário já cansado de fazer contas para pagar o 13o e ainda segurar as pontas; para agradecer a quem todos os dias atende os nossos pedidos, com ou sem cebola, aos motoboys e motogirls, aos bikeboys e bikegirls.
Esse artigo é, principalmente, para agradecer a você que participa dessa cadeia e faz ela girar.
Sem você não tem comida, não tem bebida, não tem faturamento, não tem capital – de giro, não tem alegria, é só lamento, não tem celebração, não tem Natal, não tem cabimento.
Sinto muito por tudo, que em 2021 você continue tendo força e proteção divina para trabalhar.
Muito obrigada por acordar cedo e por dormir tarde, por passar o rodo, amassar a farinha e assar a carne, por esfregar a mão e embrulhar para viagem, pela atenção e pela coragem.
Te agradeço de todo o coração.